quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Ucrania aproxima Otan da Russia, causando perigo de III Guerra

Ucrânia aproxima OTAN das fronteiras da Rússia

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Foot de arquivo

A OTAN irá realizar na Ucrânia, entre 15 e 26 de setembro, as manobras militares Tridente Rápido. Essa decisão foi anunciada a 4 de setembro na cúpula da Aliança no País de Gales. Militares de 15 países da OTAN irão entrar no território desse país vizinho da Rússia.

O Plano de Prontidão de Ação da OTAN prevê o reforço das Forças de Reação Rápida. Isso irá ser feito através de um corpo especial de elevada prontidão composto por cerca de 4 mil elementos. A OTAN prtende igualmente aumentar seu destacamento aéreo na Estônia. Simultaneamente, no mar Negro entra o terceiro contratorpedeiro dos EUA.
O aumento da presença aérea e naval perto das fronteiras da Rússia será reforçado com a criação de até cinco bases terrestres da OTAN na Europa Oriental. Todas essas ações prtendem abertamente aumentar a confrontação e agrava significativamente a ameaça à segurança nacional da Rússia. Essas ações da OTAN irão, naturalmente, obrigar a Rússia a tomar medidas de resposta, considera o perito militar Viktor Baranets:
“O bloco militar tenta exercer uma pressão total sobre a Rússia para que ela atue e se comporte da forma que convém à Aliança. E à OTAN convém só uma coisa: que a Rússia deixe de exercer qualquer influência no desenvolvimento da situação na Ucrânia, para que essa situação evolua de acordo com o cenário da OTAN e não da Rússia. Tudo isso contém muita malícia, hipocrisia, mentira e provocação. Neste momento se decide um problema histórico a nível global – o mundo não pode ser monopolar. É precisamente a Ucrânia que se torna na plataforma em que a OTAN tenta reforçar sua doutrina de supremacia mundial e não deixar a Rússia se tornar numa das forças de um mundo multipolar.”
As manobras da OTAN em território da Ucrânia, numa situação em ela está de fato envolvida numa guerra civil, é uma ameaça evidente. Sobretudo uma ameaça à estabilidade na Europa. Também se trata de um teste à resistência política e à clarividência de Moscou. Entretanto seria ridículo dizer que isso poderia assustar de alguma forma a Rússia, considera o perito do Instituto de Estudos Estratégicos da Rússia Serguei Mikhailov:
“É evidente que nem os aviões na Estônia, nem os três navios que irão navegar no mar Negro, nem as manobras no ocidente da Ucrânia irão influenciar de alguma maneira a posição da liderança político-militar da Rússia relativamente ao conflito na Ucrânia. Isso é completamente evidente. Simplesmente, Barack Obama precisa de demonstrar que é um presidente forte. Nesse aspeto a OTAN não inventou nada melhor que exibir músculos militares, apesar de esses músculos serem, sinceramente, fraquinhos. Isso deve ser, provavelmente, calculado para consumo interno da OTAN, mais como uma forma de acalmar de alguma maneira os círculos mais histéricos nos Países Bálticos do que uma verdadeira tentativa de pressionar a Rússia. Isso é inútil. Eu penso que os próprios norte-americanos compreendem isso perfeitamente.”
A cúpula da OTAN reforçou claramente a aposta no agravamento das relações dos EUA e da Europa com a Rússia. Tanto mais que ele deu o seu aval à União Europeia para novas sanções contra a Rússia. Simultaneamente ele assegurou Kiev do seu apoio e disponibilizou apoio militar ao presidente da Ucrânia Piotr Poroshenko. Moscou irá decidir por si própria de quem ser amigo e de que forma. Entretanto as amabilidades que a OTAN demonstrou em relação à Ucrânia irão, provavelmente, enviar um falso sinal ao “partido da guerra” em Kiev, o qual provocou uma guerra civil no leste do país.
A OTAN sempre se pronuncia categoricamente contra a prestação de auxílio militar a uma das partes em um conflito militar. Mas no País de Gales os países-membros da OTAN prometeram a Kiev material e equipamento “letal e não-letal”. Disponibilizaram 15 milhões de dólares para o reforço das estruturas militares. Isso é um estímulo direto à operação militar no leste do país. Também é mais um motivo para os milicianos do leste da Ucrânia duvidarem da sinceridade das declarações de Piotr Poroshenko sobre o início de um abrandamento da crise.

http://portuguese.ruvr.ru/2014_09_06/Ucr-nia-aproxima-OTAN-das-fronteiras-da-R-ssia-1873/

sábado, 18 de outubro de 2014

PERITO DO IRÃ DIZ QUE ESTADO ISLAMICO FOI CRIADO PELOS EUA

Perito iraniano: um dia o Estado Islâmico será uma ameaça para os EUA

EUA, EI, ameaça

Sete séculos depois, no Oriente Médio decorre novamente uma jihad contra os “infiéis” levada a cabo pelos combatentes do Estado Islâmico (EI). Eles se consideram como seguidores de Ibn Taymiyyah e defendem uma interpretação exclusivamente política e belicista da jihad.

Eles odeiam os xiitas e os seguidores de outras correntes religiosas equiparadas, já não falando dos cristãos e judeus. Assim, o Estado Islâmico tenciona destruir os santuários católicos do Vaticano e xiitas no Irã.
Até que ponto é realista uma intervenção do EI na Europa e no Irã, é o que explica em entrevista ao nosso correspondente o cientista político de Teerã e antigo editor da agência noticiosa Mehr (MNA) Hassan Hanizadeh:
Voz da Rússia: O principal órgão de imprensa do Estado Islâmico escreve sobre as intenções dos seus militantes em conquistar o centro do catolicismo mundial – o Vaticano. Um pouco antes surgiram informações que o EI tencionava invadir o Irã. Na sua opinião, deveremos acreditar nessas ameaças e entendê-las de forma literal?
Hassan Hanizadeh: Antes de mais, quero sublinhar que o EI não é nada mais que uma verdadeira associação de terroristas de todo o mundo, provenientes de cerca de 80 países, formada e dirigida pelos EUA, Reino Unido, Arábia Saudita, Catar e Turquia. Nos quatro anos que decorreram desde a fundação deste movimento terrorista, as vítimas civis entre a população yazidi, cristã e xiita são incontáveis no Iraque e na Síria. Milhares de civis da região foram escravizados.
O EI é uma criação dos EUA e seus aliados. Sob pretexto da luta contra os militantes, Washington tencionava intervir no território dos países do Oriente Médio e se imiscuir na sua política interna e externa. Nós vemos como esses planos do Ocidente são executados com sucesso na Síria e no Iraque, onde eles destroem de forma planejada, ou já destruíram, as economias nacionais e danificaram as estruturas do Estado. Já neste momento se pode prever os futuros passos dos EUA nesses países: eles tentarão penetrar aí sob o pretexto de reconstrução da economia, mas na realidade irão alargar a sua influência nesta região.
É precisamente por essa razão que o EI tenta assustar o Irã e ameaça sua segurança, nós temos ouvido tais apelos com regularidade nos últimos tempos. Contudo, as forças armadas iranianas possuem experiência de combate contra os terroristas do Estado Islâmico: ainda não há muito tempo que unidades do exército do Irã realizaram com sucesso, na fronteira entre o Irã e o Iraque, uma operação para impedir o acesso dos combatentes do EI a regiões do noroeste do país. Em resultado, o inimigo teve não apenas de retirar mas até de se pôr em fuga. Depois disso não houve mais tentativas do EI em fazer incursões fronteiriças no Irã.
Voz da Rússia: A vossa posição quanto a uma invasão do Irã pelo EI é compreensível. Mas até que ponto serão reais as ameaças que partem do Estado Islâmico contra os países europeus?
Hassan Hanizadeh: No início dos anos 80, os norte-americanos criaram a Al-Qaeda para combater a União Soviética, hoje eles criaram o EI para combater seus adversários ideológicos no Oriente Médio. Tal como no seu tempo a Al-Qaeda, hoje o EI pode sair do controle estadunidense e criar muitos problemas ao Ocidente, realizando atentados tanto nos países europeus, como nos Estados Unidos. Não é um fato que o EI vá continuar a servir os interesses ocidentais.
Voz da Rússia: Até aonde poderá o Estado Islâmico estender suas fronteiras num futuro previsível?
Hassan Hanizadeh: É bastante provável que os militantes do EI queiram alargar seus domínios de acordo com os planos anteriormente divulgados: ou seja, apontar para o Norte de África, se aproximando diretamente da Europa. Outra direção para sua expansão de fronteiras é a Ásia Central. Assim eles poderão se aproximar da Índia e do Paquistão e manter o Sudeste Asiático sob tensão. Mas isso são suposições. Com toda a certeza só posso afirmar o seguinte: um dia o Estado Islâmico será uma ameaça para os Estados Unidos e para todo o Ocidente.


http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_10_18/Perito-iraniano-um-dia-o-Estado-Isl-mico-ser-uma-amea-a-para-EUA-1577/

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